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Grupo composto por vegetais lenhosos ou herbáceos;
Podem ser:

- Anuais (que completam o ciclo de vida em 12 meses, ou seja, germinam, florescem, formam frutos, sementes e morrem em um ano);

- Bianuais ou bienais (que tem ciclo de vida de 24 meses. Crescem vegetativamente no primeiro ano e florescem e dão frutos no segundo ano.)

- Perenes (com ciclo de vida longo, que pode durar muitos anos. São também chamadas de permanentes).

• Alternância de gerações pouco perceptível (geração sexual – fase gametofítica – reduzida a poucas células ou núcleos);
• Órgão sexuais protegidos por perianto, inseridos em brotos especiais, as flores;
• Flores hermafroditas (os dois sexos na mesma flor) ou unissexuais (flores apenas femininas ou apenas masculinas);
• Órgãos sexuais masculinos: estames (antera, filete e conectivo);
• Órgãos sexuais femininos: carpelos (diferenciados em estigma, estilete e ovário);
• Óvulo: saco embrionário contém uma oosfera.
• Grão de pólen: 2 núcleos reprodutivos e 1 vegetativo (formação do tubo polínico);
• Fecundação dupla: um núcleo reprodutivo fecunda a oosfera (embrião). O segundo fecunda os núcleos polares do óvulo (endosperma).

Formação do fruto e semente:
• Ovário, após a fecundação forma o fruto.
• Óvulo, após a fecundação forma a semente. O óvulo está inserido dentro do ovário. Consequentemente, a semente está inserida dentro do fruto.

Características da flor

Divisão Magnoliophyta

Para a compreensão da classificação das plantas da Divisão Magnoliophyta, é essencial que se tenha um conhecimento detalhado sobre as características da flor. A taxonomia das angiospermas é, em grande parte, baseada nestas características.

Por definição, temos que a flor é o órgão que reúne as estruturas reprodutivas das Angiospermas (Divisão Magnoliophyta).

Desenho esquemático de uma flor verdadeira (Divisão Magnoliophyta). Carpelo (gineceu), estame (androceu), pétala, sépala, receptáculo floral, pedúnculo floral. Imagem: Silvia Schaefer.

Na maioria dos casos, as flores são estruturas férteis protegidos por folhas estéreis especiais, cujo conjunto é chamado de flor (flor verdadeira, diferente das gimnospermas que possuem estróbilos).

A flor é sustentada pelo pedúnculo ou pedicelo, cuja porção superior é alargada e constitui o receptáculo, que porta os apêndices estéreis (sépalas e pétalas) e os apêndices férteis (estames e carpelos) da flor.

São formadas por séries concêntricas de elementos:
- Externamente as sépalas, constituindo o cálice;
- Em seguida, as pétalas formando a corola;
- Estames, constituindo o androceu;
- No centro, o ovário que forma o gineceu.

Estrutura básica de uma flor verdadeira (angiospermas): antera, filete, estigma, estilete, ovário, pistilo, pétala, sépala, receptáculo. Imagem: Silvia Schaefer.

Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos tépalas e ao conjunto, denominados perigônio.

Ao conjunto de sépalas e pétalas, denominamos perianto.

veremos detalhes da classificação da flor quanto a:

  • Sépalas e pétalas
  • Gineceu
  • Androceu

 

Sépalas e Pétalas - Flor Magnoliophyta

Classificação das flores quanto às sépalas e pétalas.

Sépalas

Geralmente de cor verde, formam o cálice da flor e nos estágios iniciais de desenvolvimento envolvem as outras estruturas do botão floral.

Flor dialissépala: sépalas livres entre si. Ex: Lírio.

Flor gamossépala: sépalas unidas entre si. Ex: Ipê de jardim.

Flor dialipétala. Lírio. Gênero: Lilium, família Liliaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor gamopétala. Ipê de jardim. Espécie: Tecoma stans. Família Bignoniaceae. Foto: Silvia Schaefer

Perianto: conjunto de sépalas e pétalas de uma flor.
Perigônio: conjunto de tépalas. Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos tépala.

Pétalas

Geralmente coloridas, localizam-se internamente ao cálice e formam a corola.

Flor dialipétala: quando as pétalas são livres entre si

Flor gamopétala: quando as pétalas estão unidas entre si.

Classificação das flores quanto ao número de pétalas

Dímeras (2 pétalas). Típicas de dicotiledôneas.

Trímeras (3 ou múltiplo de 3 pétalas). Típicas de monocotiledôneas. Ex: lírio.

Tetrâmeras (4 ou múltiplo de 4 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex. hortência.

Pentâmeras (5 ou múltiplo de 5 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex: hibisco.

Flor dímera.

Flor trímera. Sisyrinchium micranthum, família Iridaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor tetrâmera. Hortência, gênero Hydrangea, família Hydrangeaceae.

Flor pentâmera. Guanxuma, Gênero Sida, família Malvaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor - Características gerais

Flores monóclinas ou díclinas

Monóclina ou Hermafrodita: quando a flor apresenta androceu e gineceu.

Díclina ou unissexual: quando a flor apresenta só androceu (estames) ou só gineceu (ovário).
Só estames (díclina masculina): flores estaminadas.
Só ovários (díclina feminina): flores carpeladas.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor monóclina ou hermafrodita, que apresenta androceu e gineceu. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina masculina, que apresenta apenas androceu. É uma flor estaminada. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina feminina, que apresenta apenas gineceu. É uma flor carpelada. Imagem: Silvia Schaefer.

Flores diclamídeas, monoclamídeas ou aclamídeas

Diclamídea: quando a flor é completa (sépalas, pétalas, androceu e gineceu).
Monoclamídea: Quando um dos envoltórios externos (pétalas ou sépalas) está ausente.
Aclamídea ou nua: quando a flor é formada apenas por estames ou ovário.

Gineceu - Flor Magnoliophyta

É a parte feminina da flor.

O gineceu, tipicamente consta do ovário e de um prolongamento, o estilete. No ápice do estilete encontra-se o estigma, região receptiva para o pólen.

Estrutura do gineceu de uma flor: receptáculo floral, ovário com óvulo no seu interior, estilete e estigma.

O ovário é a porção alargada da base do carpelo que contém um ou mais lóculos, de acordo com o número de carpelos que o formam.

O carpelo é cada compartimento (lóculo) do ovário que contém um ou mais óvulos. O gineceu apresenta um ou mais carpelos.

O número de óvulos contido em cada lóculo é bastante variável e de grande importância para a identificação taxonômica da flor, principalmente ao nível de família e subfamília.

Carpelos

Quando um único carpelo está presente, dizemos que a flor possui um ovário simples.

Quando mais de um carpelo está presente, pode ser:
Apocárpico: formado por vários carpelos livres entre si. Cada carpelo é monolocular, isto é, constituído por apenas um lóculo.
Sincárpico: formado por vários carpelos unidos entre si.

Imagem dos tipos de carpelos existentes nas flores: simples, apocárpico ou sincárpico.

Classificação quanto ao número de lóculos:

Unicarpelar / Unilocular: quando apenas um carpelo está presente, e este carpelo apresenta apenas um lóculo.

Pluricarpelar / Unilocular: quando mais de um carpelo está presente, mas o conjunto de carpelos apresenta uma única abertura interna, ou seja, apenas um lóculo. Neste caso, cada estilete conduz ao mesmo lóculo comum.

Pluricarpelar / Plurilocular: quando mais de um carpelo está presente, e cada um dos carpelos apresenta um lóculo correspondente. Neste caso, cada estilete conduz ao seu lóculo particular correspondente.

Imagem mostrando a classificação quanto ao número de carpelos e lóculos do gineceu. A flor pode ser: unicarpelar / unilocular, pluricarpelar / unilocular, pluricarpelar / plurilocular.

Gineceu - Flor Magnoliophyta

A parte feminina da flor, o gineceu, pode ser classificado segundo a posição do ovário em relação ao receptáculo e a posição do hipanto em relação ao ovário.

Posição do ovário

Caráter de importância taxonômica, principalmente na classificação das ordens e famílias:
Ínfero (ovário abaixo do plano do receptáculo).
Semi-ínfero (ovário acima do plano do receptáculo, parcialmente envolto por ele, mas sem fusão).
Súpero (ovário acima do plano do receptáculo).

Imagem da estrutura de uma flor de ovário ínfero. Esta mesma flor também é classificada como epígina.

Imagem da estrutura de uma flor de ovário semi-ínfero. Esta mesma flor também é classificada como perígina.

Imagem da estrutura de uma flor de ovário súpero. Esta mesma flor também é classificada como hipógina.

Posição do hipanto

Circundando o ovário, pode existir uma estrutura em forma de taça denominada de hipanto, originária do receptáculo ou então da fusão entre sépalas, pétalas e estames.
- Hipógina (não possui hipanto). Sépalas, pétalas e estames estão abaixo do ovário. Neste caso o ovário é sempre súpero.
- Perígina (apresenta hipanto). Sépalas, pétalas e estames fundem-se, envolvendo o ovário, mas não unindo-se e ele. A inserção das sépalas, pétalas e estames é abaixo do ovário (que é semi-ínfero).
- Epígina (possuem hipanto). Inserção das sépalas, pétalas e estames é acima do ovário (que é ínfero).

Óvulos apresentam dois envoltórios (tegumentos externo e interno).

Androceu

É a parte masculina da flor.

O androceu consta do conjunto dos estames de uma flor. Constituído pelo filete, que contém dois microsporângios (tecas). As duas tecas formam a antera e são reunidas entre si pelo conectivo.

Imagem (desenho esquemático) do estame de uma flor. Constituído pela antera, que é formada por duas tecas, unidas uma à outra pelo conectivo. O conjunto fica na extremidade superior do filete. Imagem: Silvia Schaefer.

A antera é parte fértil do estame onde serão produzidos os grãos de pólen.

Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera jovem, mostrando os sacos polínicos com as células mãe no seu interior. Revestindo a antera externamente temos a epiderme e internamente, o endotécio. O tapetum reveste cada saco polínico. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera madura, mostrando as câmaras polínicas com os grãos de pólen no seu interior. Imagem: Silvia Schaefer.

Grão de pólen

- Célula binucleada (núcleo vegetativo e núcleo reprodutivo) cercada por duas membranas: a exina (mais externa) e a intina (mais interna).

- A exina apresenta rugas que permitirão a fixação no estigma, para posterior fecundação.
- O grão de pólen é um esporo (micrósporo). Ainda não é o gameta masculino do vegetal. Este é formado dentro do tubo polínico, quando o núcleo reprodutivo se divide, formando dois anterozóides.

Imagem (desenho esquemático) de um grão de pólen. Constituído por dois núcleos (o reprodutivo e o vegetativo), pelos poros, exina (revestimento externo) e intina (revestimento interno). Imagem: Silvia Schaefer.

Classificação quanto a o número de estames:

Monostêmone – Um único estame por flor;
Polistêmone – Vários estames por flor.

Isostêmone - quando o número de estames é igual ao número de pétalas;
Anisosêmone - quando o número de estames é diferente do número de pétalas.

Gamostêmone - quando os estames são fundidos uns com os outros;
Dialistêmone - com os estames são livres, não fundidos.

Classe Dicotyledonae (Magnoliopsida): as dicotiledôneas

São as angiospermas que desenvolvem duas folhas cotiledonares (dois cotilédones) no embrião, dentro da semente. Estas são localizadas lateralmente, sempre opostas. Podem servir como órgão de reserva da semente.

Imagem de uma dicotiledônea, a flor azaléia, da espécie Rhododendron simsii, família Ericaceae. Foto: Silvia Schaefer

Em geral apresentam crescimento secundário na raiz e caule (meristemas responsáveis: câmbio e felogênio).
As folhas da maioria apresentam nervação reticulada (peninérvea).
Flores organizadas em plano dímero, tetrâmero ou pentâmero, ou seja, apresentam 2, 4, 5 pétalas, ou seus múltiplos.
Raízes pivotantes (raiz principal com raízes seundárias).

Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968)

• Contém 6 subclasses, 56 ordens, 293 famílias e aproximadamente 165.000 espécies.
• Subclasses: Magnoliidae, Hamamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae e Asteridae.
• As subclasses podem apenas ser caracterizadas em termos de generalidades e não precisamente definidas geneticamente, devido à diversidade existente.

Classe Magnoliopsida - Subclasses

A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (dicotiledôneas).

Magnoliidae: forma um grupo basal, do qual todas as outras Angiospermas derivaram. Contém as famílias consideradas mais primitivas. As principais ordens são: Magnoliales, Laurales, Piperales.

Hamamelidae: são principalmente anemófilas (polinização pelo vento), com flores reduzidas, geralmente apétalas e reunidas em amentos (espiga pendente, com flores saindo de toda a extensão do eixo principal). As principais ordens são: Hamamelidales, Fagales, Urticales.

Caryophyllidae: tendência à placentação central (óvulos fixos a um eixo central) ou basal (único óvulo fixo à base do ovário unilocular). Pigmentos (betalinas) restritos ao grupo. Poucas são gamopétalas (pétalas unidas entre si). Ordem: Cariophyllales.

Dilleniidae: geralmente mais que um óvulo em cada lóculo. Raramente apresenta disco nectarífero de origem estaminoidal. Várias famílias mais avançadas são gamopétalas. As principais ordens são: Malvales, Nepentales, Violales, Capparales, Primulales.

Rosidae: estames numerosos. Grupos mais avançados: tendência a lóculos uniovulados. Característica marcante: disco nectarífero no receptáculo. Maioria dialipétalas (pétalas livres entre si). Poucas gamopétalas ou apétalas. As principais ordens são: Fabales, Rosales, Myrtales, Euphorbiales, Sapindales, Geraniales, Polygalales.

Asteridae: engloba maior número de famílias com flores gamopétalas. Óvulos unitegumentados. Considerada a mais derivada (evoluída) das dicotiledôneas. As principais ordens são: Gentianales, Rubiales, Solanales, Lamiales, Asterales.

Classe Monocotyledonae (Lilliopsida): as monocotiledôneas

São as angiospermas que desenvolvem no embrião da semente uma única folha cotiledonar (um cotilédone), com função absorvente (transferindo as reservas do endosperma para o embrião).

Foto de uma monocotiledônea, a orquídea-bambu, uma orquídea da espécie Arundina bambusifolia, família Orchidaceae. Foto: Silvia Schaefer

Caules e raízes não apresentam crescimento secundário.
Os vasos condutores encontram-se dispersos no caule.
Folhas com nervuras paralelas (paralelinérveas), com bainha larga.
Flor organizada de acordo com plano trímero, ou seja, apresentam 3 pétalas ou múltiplos de 3 (6, 9 e assim por diante).
Raízes do tipo fascicular, como uma "cabeleira", ou seja, muitas raízes, todas aproximadamente do mesmo diâmetro e comprimento. Nenhuma se destaca em tamanho sobre as outras.

Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968)

• Contém 5 subclasses, 18 ordens, 61 famílias e aproximadamente 55.000 espécies.
• Cada subclasse tende a explorar um nicho ecológico diferente.

Subclasses: Alismatidae, Arecidae, Commelinidae e Liliidae

Classe Liliopsida - Subclasses

A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (monocotiledôneas).

Alismatidae: é o grupo basal das monocotiledôneas. São principalmente aquáticas. Sistema radicular bastante reduzido e pouco lignificado. Principais ordens: Alismatales e Hydrocharitales.

Arecidae: folhas grandes e pecioladas. Freqüentemente arborescentes, flores agrupadas em espádice (espiga com eixo espesso, carnoso, protegido por uma bráctea bem desenvolvida – copo de leite). Principais ordens: Arales, Arecales.

Commelinidae: redução floral e polinização anemófila. Algumas epífitas, com o ovário ínfero (bromélias). Principais ordens: Commelinales, Zingiberales, Bromeliales, Cyperales.

Liliidae: polinização entomófila. Apresentam tubérculos e bulbos em maior proporção que as demais. Mecanismos polinizadores altamente complexos, como em Orchidaceae. Principais ordens: Liliales, Orchidales.

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