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Sistemática Vegetal

Darlan Patrício da Nóbrega Santos
DEFINIÇÕES
SISTEMÁTICA VEGETAL: É o ramo da Botânica que tem por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema. TAXONOMIA: É a ciência que elabora as leis da classificação.
Baseado em características morfológicas, relações genéticas e suas afinidades
A Sistemática compreende:
Identificação  Determinação de um táxon idêntico ou semelhante a um existente.
Nomenclatura  Emprego dos nomes corretos das plantas, obedecendo algumas regras.
Classificação  Ordenação das plantas em um táxon.
TÁXON: Termo estabelecido pelo Código de Internacional de Nomenclatura Botânica para designar um unidade taxonômica de qualquer hierarquia (família, gênero, espécie etc...).
UNIDADES SISTEMÁTICAS
• De acordo com as relações entre as plantas, elas dever ser enquadradas em categorias que indique suas afinidades sistemáticas.
• As unidades sistemáticas são estabelecidas pelo Código de Internacional de Nomenclatura Botânica.
• Os nomes aplicados a todas as categorias são latinos ou latinizados.

Categorias taxonômicas e suas terminações
Reino Vegetal
Divisão (-phyta)
Categoria de magnitude superior
Subdivisão (-phytina)
Classe (-ae, -opsidae, -atae)
Subclasse (-idae)
Ordem (-ales)
Família (-aceae)
Tribo (-inae)
Gênero
Subgênero
Secção
Sudfamília (-oideae)
Subordem (-ineae)
Espécie
Categoria estabelecida no sistema Lineano.
Primeiro nome das duas palavras que constituem o binômio.
Subespécie
Variedade
Subvariedade
Forma
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
Três tipos principais:
Sistema Artificial  classificam os organismos por meio de um único caráter
Sistema Natural  baseado na afinidade natural das plantas
Sistema Filogenético  baseado na variabilidade das espécies.

TIPIFICAÇÃO
• Chama-se de typus é o espécime conservado num herbário, do qual se faz uma diagnose original. São eles:
 Holotypus (Holótipo): Exemplar escolhido pelo autor como modelo para a descrição da espécie e mencionado por ele na descrição original.
 Paratypus (Parátipo): Qualquer exemplar citado ao lado do holotypus numa descrição original, mas que não seja da mesma série dele (número do coletor diferente).
 Isotypus (Isótipo): Duplicatas do holotypus (mesmo número do coletor).
 Syntypus (Síntipo): Qualquer exemplar de uma série de exemplares citados pelo autor, sem especificação de um holotypus.
 Lectotypus (Lectótipo): Syntypus escolhido como holotypus, quando o autor deixou de mencionar o holotypus, ou quando este se perdeu ou foi destruído.
ESTRUTURA DO CÓDIGO DE NOMENCLATURA BOTÂNICA
• O Código visa, fundamentalmente, estabelecer regras para a denominação dos grupos taxonômicos. A Nomenclatura Botânica está baseada em seis princípios: 1. A Nomenclatura Botânica é independente da Zoológica e Bacteriológica. 2. A aplicação de nomes de grupos taxonômicos é determinada por meio de tipos nomenclaturais. 3. A nomenclatura de um grupo taxonômico está baseada na prioridade de publicação. 4. Cada grupo taxonômico tem apenas um nome correto, qual seja, o nome mais antigo que esteja conforme as regras, exceto em casos específicos. 5. Os nomes científicos de grupos taxonômicos são tratados em latim, independentemente de sua origem.

6. As Regras de Nomenclatura são retroativas, a menos que expressamente limitadas.
DEFINIÇÕES GERAIS:
1. Nome: termo geral para designar um grupo taxonômico. O nome de um gênero ou táxons superiores é uma palavra. O nome de um táxon infragenérico é a combinação de dois ou mais nomes. 2. Epíteto: qualquer palavra subseqüente ao nome genérico. Para o nível espécie denomina-se epíteto específico e sua combinação ao nome genérico constitui um binômio. Para níveis inferiores (variedade ou subespécie) denomina-se epíteto varietal ou subespecífico e sua combinação ao nome da espécie constituí um trinômio. 3. Publicação efetiva: Segundo o Código uma publicação é efetiva somente pela distribuição de matéria impressa (através de venda, intercâmbio ou doação) a instituições com bibliotecas acessíveis a botânicos em geral. 4. Publicação válida: é aquela que atende às seguintes condições na publicação do nome do táxon: I) ser efetivamente publicado; II) ser acompanhado de uma descrição ou diagnose (descrição resumida destacando as características diferenciais) do táxon em latim: III) conter a indicação do Tipo nomenclatural. 5. Nome legítimo: é todo o nome publicado de acordo com as regras de nomenclatura botânica, destacando-se a publicação válida e o princípio da prioridade.
SINÔMIMOS:
2 situações:
Nomenclaturais – O exemplar tipo é o mesmo, havendo apenas uma mudança na posição do táxon.
Taxonômica - Os exemplares Tipo são diferentes e táxons legítimos distintos são colocados em sinonímia .

PRIORIDADE:
• O princípio da prioridade determina que quando dois ou mais nomes se referem ao mesmo táxon deve ser considerado legítimo o mais antigo.
Desde que o nome esteja de acordo com as regras.
CITAÇÃO DE AUTOR:
• Na primeira vez em que for mencionado no texto em uma publicação taxonômica, o nome das categorias o autor(es) correspondente.
• Quando forem dois os autores suas abreviações devem ser unidas por “et” ou “&”. Em se tratando de mais de dois autores somente o primeiro é citado seguido “et al.” ou “& al.”.
É escrito após o nome do táxon e de forma abreviada.
HISTÓRICO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE PLANTAS
• Theophrastus (370 a.C) (“O pai da botânica”): classificou todas as plantas com base em seu hábito: árvores, arbustos, subarbustos e ervas; reconheceu a diferença na posição dos ovário das plantas.
• Albertus Magnus (1193 – 1280): diferenciou Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, com base na estrutura do caule.
• Otto Brunfels (1464 – 1534): estudou propriedades medicinais de algumas plantas e iniciou os estudos científicos.
• Jean Bauhin (1541 - 1631): primeiro botânico e distinguir categorias de gênero e espécie. Foi também um dos primeiros a utilizar a nomenclatura binária.
• John Ray (1628 – 1705): propôs um sistema de classificação muito antes de Lineu. Primeiro a reconhecer a importância do embrião e a presença de cotilédones • Carlus Linnaeus ou Carl Linné ou Lineu (1707 – 1778): foi o fundador da taxonomia moderna, pois desenvolveu o sistema de nomenclatura que hoje se utiliza (sistema binomial) e estabeleceu as grandes categorias que são usadas no sistema hierárquico de classificação biológica.
• Michel Adanson (1727 – 1806): substituiu o sistema artificial por um sistema natural de classificação, com descrição de alguns táxons.
• Jean B. A. P. M. de Lamarck(1744 – 1829): criou chaves de identificação de plantas e um sistema de classificação natural.
• De Jussieu: Antoine (1686 – 1758): criou o primeiro sistema natural de classificação baseando-se o número de cotilédones, estrutura da semente, e uma série de caracteres vegetativos e reprodutivos.
• Adolphe Theodor Brongniart (1801 – 1876): dividiu o Reino Vegetal em Phanerogamae e Cryptogamae.
• John Lindley (1799 – 1911): propôs um sistema de classificação mais firme que seus antecessores.
• August Wilhelm Eichler (1839 – 1887): propôs o primeiro esboço de classificação baseado nas relações genéticas das plantas.




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