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Sistemática Vegetal

Darlan Patrício da Nóbrega Santos
DEFINIÇÕES
SISTEMÁTICA VEGETAL: É o ramo da Botânica que tem por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema. TAXONOMIA: É a ciência que elabora as leis da classificação.
Baseado em características morfológicas, relações genéticas e suas afinidades
A Sistemática compreende:
Identificação  Determinação de um táxon idêntico ou semelhante a um existente.
Nomenclatura  Emprego dos nomes corretos das plantas, obedecendo algumas regras.
Classificação  Ordenação das plantas em um táxon.
TÁXON: Termo estabelecido pelo Código de Internacional de Nomenclatura Botânica para designar um unidade taxonômica de qualquer hierarquia (família, gênero, espécie etc...).
UNIDADES SISTEMÁTICAS
• De acordo com as relações entre as plantas, elas dever ser enquadradas em categorias que indique suas afinidades sistemáticas.
• As unidades sistemáticas são estabelecidas pelo Código de Internacional de Nomenclatura Botânica.
• Os nomes aplicados a todas as categorias são latinos ou latinizados.

Categorias taxonômicas e suas terminações
Reino Vegetal
Divisão (-phyta)
Categoria de magnitude superior
Subdivisão (-phytina)
Classe (-ae, -opsidae, -atae)
Subclasse (-idae)
Ordem (-ales)
Família (-aceae)
Tribo (-inae)
Gênero
Subgênero
Secção
Sudfamília (-oideae)
Subordem (-ineae)
Espécie
Categoria estabelecida no sistema Lineano.
Primeiro nome das duas palavras que constituem o binômio.
Subespécie
Variedade
Subvariedade
Forma
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
Três tipos principais:
Sistema Artificial  classificam os organismos por meio de um único caráter
Sistema Natural  baseado na afinidade natural das plantas
Sistema Filogenético  baseado na variabilidade das espécies.

TIPIFICAÇÃO
• Chama-se de typus é o espécime conservado num herbário, do qual se faz uma diagnose original. São eles:
 Holotypus (Holótipo): Exemplar escolhido pelo autor como modelo para a descrição da espécie e mencionado por ele na descrição original.
 Paratypus (Parátipo): Qualquer exemplar citado ao lado do holotypus numa descrição original, mas que não seja da mesma série dele (número do coletor diferente).
 Isotypus (Isótipo): Duplicatas do holotypus (mesmo número do coletor).
 Syntypus (Síntipo): Qualquer exemplar de uma série de exemplares citados pelo autor, sem especificação de um holotypus.
 Lectotypus (Lectótipo): Syntypus escolhido como holotypus, quando o autor deixou de mencionar o holotypus, ou quando este se perdeu ou foi destruído.
ESTRUTURA DO CÓDIGO DE NOMENCLATURA BOTÂNICA
• O Código visa, fundamentalmente, estabelecer regras para a denominação dos grupos taxonômicos. A Nomenclatura Botânica está baseada em seis princípios: 1. A Nomenclatura Botânica é independente da Zoológica e Bacteriológica. 2. A aplicação de nomes de grupos taxonômicos é determinada por meio de tipos nomenclaturais. 3. A nomenclatura de um grupo taxonômico está baseada na prioridade de publicação. 4. Cada grupo taxonômico tem apenas um nome correto, qual seja, o nome mais antigo que esteja conforme as regras, exceto em casos específicos. 5. Os nomes científicos de grupos taxonômicos são tratados em latim, independentemente de sua origem.

6. As Regras de Nomenclatura são retroativas, a menos que expressamente limitadas.
DEFINIÇÕES GERAIS:
1. Nome: termo geral para designar um grupo taxonômico. O nome de um gênero ou táxons superiores é uma palavra. O nome de um táxon infragenérico é a combinação de dois ou mais nomes. 2. Epíteto: qualquer palavra subseqüente ao nome genérico. Para o nível espécie denomina-se epíteto específico e sua combinação ao nome genérico constitui um binômio. Para níveis inferiores (variedade ou subespécie) denomina-se epíteto varietal ou subespecífico e sua combinação ao nome da espécie constituí um trinômio. 3. Publicação efetiva: Segundo o Código uma publicação é efetiva somente pela distribuição de matéria impressa (através de venda, intercâmbio ou doação) a instituições com bibliotecas acessíveis a botânicos em geral. 4. Publicação válida: é aquela que atende às seguintes condições na publicação do nome do táxon: I) ser efetivamente publicado; II) ser acompanhado de uma descrição ou diagnose (descrição resumida destacando as características diferenciais) do táxon em latim: III) conter a indicação do Tipo nomenclatural. 5. Nome legítimo: é todo o nome publicado de acordo com as regras de nomenclatura botânica, destacando-se a publicação válida e o princípio da prioridade.
SINÔMIMOS:
2 situações:
Nomenclaturais – O exemplar tipo é o mesmo, havendo apenas uma mudança na posição do táxon.
Taxonômica - Os exemplares Tipo são diferentes e táxons legítimos distintos são colocados em sinonímia .

PRIORIDADE:
• O princípio da prioridade determina que quando dois ou mais nomes se referem ao mesmo táxon deve ser considerado legítimo o mais antigo.
Desde que o nome esteja de acordo com as regras.
CITAÇÃO DE AUTOR:
• Na primeira vez em que for mencionado no texto em uma publicação taxonômica, o nome das categorias o autor(es) correspondente.
• Quando forem dois os autores suas abreviações devem ser unidas por “et” ou “&”. Em se tratando de mais de dois autores somente o primeiro é citado seguido “et al.” ou “& al.”.
É escrito após o nome do táxon e de forma abreviada.
HISTÓRICO DOS SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO DE PLANTAS
• Theophrastus (370 a.C) (“O pai da botânica”): classificou todas as plantas com base em seu hábito: árvores, arbustos, subarbustos e ervas; reconheceu a diferença na posição dos ovário das plantas.
• Albertus Magnus (1193 – 1280): diferenciou Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, com base na estrutura do caule.
• Otto Brunfels (1464 – 1534): estudou propriedades medicinais de algumas plantas e iniciou os estudos científicos.
• Jean Bauhin (1541 - 1631): primeiro botânico e distinguir categorias de gênero e espécie. Foi também um dos primeiros a utilizar a nomenclatura binária.
• John Ray (1628 – 1705): propôs um sistema de classificação muito antes de Lineu. Primeiro a reconhecer a importância do embrião e a presença de cotilédones • Carlus Linnaeus ou Carl Linné ou Lineu (1707 – 1778): foi o fundador da taxonomia moderna, pois desenvolveu o sistema de nomenclatura que hoje se utiliza (sistema binomial) e estabeleceu as grandes categorias que são usadas no sistema hierárquico de classificação biológica.
• Michel Adanson (1727 – 1806): substituiu o sistema artificial por um sistema natural de classificação, com descrição de alguns táxons.
• Jean B. A. P. M. de Lamarck(1744 – 1829): criou chaves de identificação de plantas e um sistema de classificação natural.
• De Jussieu: Antoine (1686 – 1758): criou o primeiro sistema natural de classificação baseando-se o número de cotilédones, estrutura da semente, e uma série de caracteres vegetativos e reprodutivos.
• Adolphe Theodor Brongniart (1801 – 1876): dividiu o Reino Vegetal em Phanerogamae e Cryptogamae.
• John Lindley (1799 – 1911): propôs um sistema de classificação mais firme que seus antecessores.
• August Wilhelm Eichler (1839 – 1887): propôs o primeiro esboço de classificação baseado nas relações genéticas das plantas.




Fabio Pontes
Em tempos que a tese de desenvolvimento sustentável é recorrida permanentemente por conta dos problemas climáticos por que passa o mundo, uma atividade econômica em especial tem procurado mudar sua forma de atuar. Depois de ficarem anos conhecidos como os devastadores da floresta, os madeireiros do Acre agora querem ser lembrados como os manejadores sustentáveis da Amazônia.
Com leis ambientais mais rigorosas e o governo adotando como política de desenvolvimento a sustentabilidade, as madeireiras tiveram que se adaptar à nova realidade. Hoje, no Acre, 80% das indústrias de transformação da madeira trabalham com árvores retiradas de áreas de manejo florestal sustentável. As três grandes madeireiras já pos-suem o FSC, o chamado selo verde, que garante que a empresa trabalha com madeira retirada de manejo.
O Acre tem sido modelo na Amazônia com o trabalho de madeira certificada. Graças a isso, o Estado tornou-se nos últimos anos um dos principais exportadores desse produto. Europa, Ásia e Estados Unidos são os principais compradores. Mas com a crise financeira mundial, as vendas para o exterior praticamente chegaram a zero. O setor amarga prejuízos que chegam a 30%.
O mercado interno tem sido o escape dos empresários. Com os investimentos previstos no PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) o setor espera recuperar o bom ritmo de vendas verificado até o estouro da crise financeira mundial, em setembro do ano passado. Mas para não con-fiar somente na disposição do Governo Federal e Estadual de realizarem grandes obras, os empresários começam a se preparar para superar o atual momento de crise e também consolidarem seus negócios.
Na última quinta-feira (16), eles se reuniram para discutir a Oficina de Construção da Agenda do Setor Madeireiro Empresarial. Nela, está contida os principais problemas enfrentados pelo setor e que devem ser corrigidos. Um dos entraves a ser superado é a qualificação da mão-de-obra. "É preciso também chamar a atenção dos empresários para o respeito do direito trabalhista. Não adianta somente tirar a madeira de forma sustentável se não há a responsabilidade social", diz Alberto Tavares, o Dante, da WWF Brasil.
A WWF Brasil foi uma das parceiras da construção da Agenda do Setor Madeireiro Empresarial, que foi elaborada pelo Sindusmad (Sindicato das Indústrias Madeireiras do Estado do Acre), que aglutina os empresários do setor. O papel da ong junto às madeireiras acreanas se dá em duas frentes. A primeira é a de preparação das empresas para que elas possam receber o FSC. Para isso, há todo um processo criterioso por que as madeireiras precisam passar. O número de empresas com o selo verde no Brasil ainda é pequeno.
Uma outra iniciativa da WWF é a elaboração de estudos e pesquisas que garantam a viabilidade e a sustentabilidade da exploração. "Monitoramos as áreas exploradas para saber quais são os impactos ambientais. É preciso ter esse acompanhamento. Não se pode mais ter o conceito de somente explorar, sem garantir que aquela área de recupere. Caso isso não aconteça o próprio negócio estará fadado à falência, pois a madeira é um bem esgotável", pondera Dante.
O trabalho com a madeira de manejo florestal é hoje uma questão de sobrevivência para as madeireiras. O estado de São Paulo, o maior consumidor da madeira acreana, só aceita a entrada da madeiras certificadas. Por dia passam pelas rodovias paulistas mais de 150 caminhões carregados de madeira. O próprio governador José Serra já determinou que madeira ilegal não entra em São Paulo.
Na semana passada o governador Binho Marques e o prefeito Raimundo Angelim também assinaram o termo de compra sustentável, onde governo e prefeitura se comprometem a comprar somente madeiras provenientes de manejo florestal sustentável para as suas obras. A Amazônia e o futuro da humanidade agradecem por atitudes como essa.
Carros vão ganhar selo verde com nível de poluição de cada modelo

Quem for comprar um carro novo vai ter um motivo a mais para escolher o modelo. Dentro de três meses, os veículos de todas as marcas vão ter um selo verde, emitido pelo Ministério do Meio Ambiente, para informar o nível de poluição. A iniciativa foi divulgada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, no lançamento do Painel Brasileiro sobre Mudanças Climáticas.
O selo vai ser parecido com o do Inmetro, que hoje identifica qual eletrodoméstico consome mais energia. Dentro de um mês, o ministério vai divulgar uma lista na internet com os modelos de carros mais poluidores. E no mês de julho serão lançados os selos.
"Num primeiro momento, nós vamos botar no site do ministério tudo o que as marcas emitem de poluição, por montadora e por classe de veí-culo", disse o ministro.
Mais uma medida encaminhada pelo ministério é a obrigatoriedade, dentro de um ano, para os veículos que trafegam nas grandes cidades passem por uma vistoria anual, como já ocorre no estado do Rio e na cidade de São Paulo. Numa segunda fase, a medida valerá também regiões urbanas menores, inclusive do interior.
Além de verificar as condições de segurança dos carros, será medida a quantidade de poluentes que estão sendo expelidos. Quem for reprovado no teste, vai ser obrigado a regular o motor, sob pena de multa.
Minc apresentou a resolução na última quarta-feira (15) ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), e espera que a matéria seja aprovada na próxima reunião, em maio, pois o assunto já foi previamente discutido. "Quem não fizer isso em um ano, os carros não são licenciados e ficam ilegais", advertiu.
Segundo o ministro, o objetivo é diminuir a poluição e melhorar as condições do ar que é respirado pela população nas grandes cidades brasileiras, que recebem um número cada vez maior de veículos e têm o problema agravado por causa dos engarrafamentos constantes.

O lançamento do Painel Brasileiro sobre Mudanças Climáticas, uma versão nacio-nal do Painel Internacional para Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) ocorreu no Rio de Janeiro. O evento vai reunir 300 cientistas brasileiros, de universidades e centros de pesquisa. O objetivo é aprofundar as análises sobre as mudanças climáticas no país e propor medidas para evitar ou minimizar os efeitos sobre o meio ambiente e a população.
Durante a reunião, Minc criticou a lei aprovada pela Câmara esta semana, liberando de licença ambiental prévia obras de duplicação ou asfaltamento de rodovias já existentes, e disse que vai tentar mudar o texto no Senado. Caso não consiga, afirmou que poderá argüir a inconstitucionalidade da matéria no Supremo Tribunal Federal (STF).





Data: 21/04/2009

Fonte: A Gazeta

Local: Rio Branco - AC

Link: http://www.agazeta-acre.com.br/

Vida de Estudante Universitário...




...Ai quando o cansaço bate, você só tem vontade de ir pra cama durmir, mas quando lembra das coisas que tem pra fazer, do tanto que tem que estudar, vc toma um café e volta, muitas vezes você não tem tempo nem de comer direito, e acaba pegando aquele biscoito ou salgadinho e achando que ta uma delícia, você nem percebe mas sua alimentação de uns dias pra cá é toda irregular, tudo isso porque tem aquele trabalho com prazo determinado pra entregar, e durmir, durmir muitas vezes eh luxo, você passa madrugadas à dentro produzindo, seja artigos, resumos, relatórios, teses, monografias etc... E o tempo passa e o dia amanhece, e vc nem percebe, e la vai você pra universidade, morrendo de sono, fazer o que ? Ah, assistir aula e pegar mais 5 livros q vc tem que ler em um mês pq eles são importantes pra construir aquele trabalho q vc tem q entregar, mas iai e o resto do seu tempo ? Mas com tanta coisa pra fazer, vc claro, tem que arranjar tempo pra sua vida social, afinal vc eh estudante mas nem por isso, vai ficar sem namorado, ou não ver sua família muito menos deixar de sair com seus amigos, vc tem q arranjar um tempo pq vc sabe q se não o fizer seu psicológico fica extremamente carregado e vc acaba meio q “desorientado (a)” e vc consegue pq vc eh estudante mas vc consegue conciliar e mesmo q o tempo seja curto (fds) vc dá atenção aqueles que estão sempre com você e no final tudo sempre dá certo, pq todo esforço sempre vale a pena, e a recompensa pode demorar, mas sempre vem. ;D

(Post inspirado nas bolsistas do NEPPU e nas estudantes de pedagogia do 8º semestre que estão construindo suas monografias.)

(Izabel Pires)

olha ai

Florestal

Todos os segredos de um novo organismo vegetal estão contidos em cada minúsculo grão-de-pólen (invisível a olho nu). Envolto em grânulos resistentes a ácidos, a altas temperaturas e a outros fenômenos da natureza, resistem protegidos e reconhecíveis por centenas de milhares de anos.


A polinologia tem condições de analisar sedimentos de lagos e pântanos, podendo reconstituir o estado da antiga vegetação destes ambientes. Através de longos tubos que trazem das profundidades material sedimentado em camada, é possível revelar o diagrama polínico daquelas localidades, e assim obter-se dados como: clima dominante na época, a chegada de novas plantas, desmatamentos, uso de herbicidas, mudanças ambientais, etc.
A polinização pode se dar através de diversos agentes: vento, insetos, pássaros, água, morcegos e homem. Se o transporte é feito pelo vento, as plantas são chamadas anemófilas; se através de insetos, são denominadas entomófilas; se realizado pela água, as plantas são chamadas de hidrófilas; se pelas aves, as plantas denominam-se ornitófilas; se pelos morcegos, as plantas são quiropterófilas; se polinizadas com a ajuda do homem, são plantas antropófilas.
As flores polinizadas pelo vento, como as coníferas, as gramíneas e ciperáceas, são desprovidas de nectários, de aromas e de envoltórios coloridos. Apresentam entretanto, superprodução de pólen, pólen pequeno e peso reduzido; alguns com câmaras de ar e outros comestigma plumoso.
Na polinização feita por animais, diversas são as formas de atração que as plantas apresentam, como: coloração do cálice, da corola, modificações da flor, odores e nectários.
As flores polinizadas por morcegos, como algumas paineiras e o baobá, só se abrem à noite, exalando um odor forte.
As polinizadas por mariposas, como a dama-da-noite, possuem um perfume suave. Assim como os nectários, se situam no fundo de uma longa corola tubulosa. Somente as mariposas podem promover sua polinização, pois só elas possuem uma espirotromba capaz de alcançar o fundo da corola.
As flores diurnas polinizadas por multidões de insetos ou aves, possuem odor suave. São ricas em néctar e muito coloridas, como a maria-sem-vergonha, polinizada por borboletas, as margaridas e girassóis por abelhas, a eritrina e hibiscos por beija-flores.
As plantas aquáticas como a Vallisneria, têm sua flor masculina levada para a feminina pela correnteza da água.
A polinização feita artificialmente pelo homem, em certos vegetais como a baunilha e a tamareira, cujas polinizações naturais são muito deficientes, contribui acentuadamente para o aumento da produção de seus frutos. Nos desertos da Arábia, cultiva-se o hábito de sacudir cachos masculinos sobre a inflorescência feminina das tamareiras, promovendo dessa maneira uma maior fecundação com resultados surpreendentes na época da colheita.
Segundo pesquisadores, a abelha visita 10 flores por minuto, demorando-se dez minutos em cada excursão fora da colméia. Em média, faz 40 vôos diários, tocando 4.000 flores.
Uma família normal de abelhas manda para o campo pelo menos 10.000 trabalhadores que passam em 40 milhões de flores. Dois terços de aproximadamente 225.000 espécies de angiospermas (plantas com flores e frutos) dependem dos insetos.

Polinizacao das FloresPolinização é a transferência dos grãos de pólen das anteras (parte masculina) para o estigma (parte feminina) das flores, possibilitando a fecundação da flor e posterior desenvolvimento do fruto. Para compreendermos melhor a interação planta – abelha, é necessário conhecer as partes e funções da flor. Numa flor típica, encontramos peças que recebem os nomes de cálice, corola, nectário, gineceu e androceu.

Cálice – formado por sépalas, é a parte da flor normalmente verde. Constitui a base da flor. A corola é formada por pétalas, que são coloridas.
Essas duas partes da flor, o cálice e a corola, têm função atrativa e ornamental de grande importância para atrair as abelhas.
O nectário secreta um líquido açucarado chamado néctar. As abelhas coletam o néctar, desidratam-no na colméia e o transformam em mel.
Androceu - é o órgão masculino da flor, composto pelos estames que são formados pelo filete, conectivo e antera. Na antera são produzidos os grãos de pólen que as abelhas coletam para sua alimentação como principal fonte protéica.
Gineceu - é o órgão feminino da flor, composto pelos pistilos, que são formados pelo estigma, estilete e ovário. No interior do ovário estão os óvulos, dos quais se originarão as sementes.
Existem dois tipos de polinização: a autopolinização e a polinização cruzada. A autopolinização é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor para o estigma da mesma flor ou de uma outra flor do mesmo pé. Neste último caso, a autopolinização também é chamada de polinização direta ou autogamia.
A polinização cruzada é a transferência dos grãos de pólen da antera de uma flor para o estigma de outra flor da mesma espécie, mas de pés diferentes. Neste caso, a polinização cruzada pode ser chamada também de alogamia. Na natureza, esse tipo de polinização é o mais vantajoso, já que possibilita a formação de novas combinações genéticas que favorecem a formação de sementes, originando novas plantas, mais vigorosas e produtivas. Para que isso ocorra, as plantas desenvolvem alguns mecanismos de defesa, como, por exemplo:
* Dioicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre indivíduos diferentes, como o mamão.

* Dicogamia, quando os órgãos sexuais de uma mesma planta amadurecem em tempos diferentes.

* Heterostilia, quando os elementos das flores, os estames e os pistilos têm dimensões diferentes.

* Monoicia, quando a planta tem flores unissexuais sobre o mesmo indivíduo, como o milho.

* Auto-esterilidade, quando a flor é polinizada pelo seu próprio pólen, mas não é fecundada.
Diante de, alguns mecanismos de defesa que as plantas possuem para evitar a autopolinização, existem vários agentes polinizadores que favorecem a polinização cruzada, como o vento, os animais, a água e os insetos. Dentre todos, os insetos são os mais importantes, principalmente as abelhas, que desenvolveram na sua evolução mecanismos apropriados para se tornar excelentes polinizadores, como pêlos em todo o corpo, que favorecem o transporte dos grãos de pólen, e o seu eficiente sistema de comunicação, que permite a uma abelha campeira indicar rapidamente a todas as outras abelhas a localização de uma florada.

As plantas, por sua vez, para garantir a perpetuação da espécie, também desenvolveram mecanismos de atração das abelhas, como:
Cores: as abelhas diferenciam bem a cor amarela, verde, azul e violeta, e são atraídas por elas.
Aroma: as abelhas são muito sensíveis ao cheiro e facilmente treinadas a visitar flores com odores específicos. Costuma-se aconselhar os apicultores a macerarem algumas flores de grandes floradas e misturar em xarope, que será oferecido às abelhas em alimentadores próprios, com o objetivo de treiná-las a associar aquele cheiro a determinada fonte de alimento.
Forma: a forma da flor ajuda a destacá-la na folhagem e também favorece a aproximação da abelha.
Néctar: é o maior atrativo da abelha. Localiza-se nos nectários, que podem ser florais e extraflorais. Estes são encontrados no caule, folha, pecíolos etc., e aqueles no interior da flor, dentro da corola, na base do ovário, para atrair as abelhas e facilitar a polinização das flores. A secreção de néctar dentro da flor inicia-se na hora da abertura da flor e cessa logo após a fertilização.

Fotossíntese

Florestal

Por: Silvia Schaefer, Bióloga - Mestre em Botânica.

A vida na Terra depende, em última instância, da energia do sol. A fotossíntese é o único processo biológico importante capaz de aproveitar esta energia. Então, seja uma alga, uma planta, ou o maior dos mamíferos, todos dependem, direta ou indiretamente, da fotossíntese para sua sobrevivência.

Introdução / Fotossíntese

A vida na Terra depende, em última instância, da energia do sol. A fotossíntese é o único processo biológico importante capaz de aproveitar esta energia. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

Literalmente, fotossíntese significa “síntese usando luz”. Organismos fotossintetisantes utilizam a energia solar para sintetizar compostos orgânicos, que não poderiam ser formados sem este insumo de energia. A energia estocada nestes compostos orgânicos é usada mais tarde, alimentando os processos celulares na planta e podem servir como fonte de energia para todas as formas de vida. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

A captação da energia solar pelos organismos fotossintetizadores a sua conversão em energia química de compostos orgânicos reduzidos são a fonte fundamental de quase toda a energia biológica. Os organismos fotossintetizadores e heterotróficos vivem num equilíbrio estacionário balanceado na biosfera.

Os organismos fotossintetizadores captam a energia solar e sintetizam ATP e NADPH, que usam como fonte de energia para sintetizar carboidratos e outros compostos orgânicos a partir do CO2 e H2O; simultaneamente liberam O2 na atmosfera. Heterotróficos aeróbicos (seres humanos, por exemplo), usam o O2 assim formado para degradar os produtos orgânicos ricos de energia da fotossíntese até CO2 e H2O, gerando ATP para suas próprias atividades.

O CO2 formado pela respiração dos heterotróficos retorna à atmosfera, para ser usado novamente pelos organismos fotossintetizadores. A energia solar, desta forma fornece a força impulsionadora para a ciclagem contínua do CO2 e O2 atmosférico através da biosfera e fornece os substratos reduzidos (combustíveis), como a glicose, da qual os organismos não-fotossintetizadores dependem. (Lehninger, 1995).

Enormes quantidades de energia são armazenadas como produtos da fotossíntese. Cada ano pelo menos 1017 kJ de energia livre da luz solar é captada e usada para biossíntese nos organismos fotossintetizadores. Isto é mais que 10 vezes a energia combustível fóssil usada cada ano pelas pessoas em todo o mundo. Mesmo os combustíveis fósseis (carvão, óleo e gás natural) são produtos da fotossíntese que se realizou milhões de anos atrás. Por causa da nossa dependência total da energia solar, passada e atual, tanto para energia quanto para o alimento, a descoberta do mecanismo da fotossíntese é um objetivo central da pesquisa em bioquímica. (Lehninger, 1995)

Visão Geral da Fotossíntese

As reações químicas da fotossíntese são dirigidas pela luz.

No final do século dezenove, descobriu-se que todas as reações da fotossíntese poderiam ser escritas segundo a seguinte reação (1):

luz, planta

6CO2 + 6H2O       ———>   C6H12O6 + 6O2 (1)

onde C6H12O6 representa um açúcar simples tal como a glicose. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

É importante dizer que na história do universo, nunca uma molécula de glicose foi formada espontaneamente a partir de CO2 e H2O sem o acréscimo de energia externa. A energia requerida para dirigir a fotossíntese vem da luz. Uma forma simplificada da reação apresentada acima é a seguinte (2):

luz, planta

CO2 + H2O  ———>  CH2O + O2 (2)

onde (CH2O) é uma molécula de glicose.Aproximadamente 9 a 10 fótons de luz são requeridos para que a reação acima aconteça. Se luz vermelha é absorvida (comprimento de onda 680 nm), o total de energia captada é de 1760 kJ por mol de oxigênio formado, sendo mais do que suficiente para que a reação ocorra. A eficiência da conversão da energia luminosa de um comprimento de onda ótimo é de aproximadamente 27%, que é notavelmente alto para um sistema de conversão de energia. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

Maquinaria da fotossíntese

O tecido fotossintético mais ativo em plantas superiores é o mesofilo das folhas. As células do mesofilo possuem um grande número de cloroplastos que contém pigmentos verdes especializados na absorção de luz, a clorofila. Na fotossíntese, a energia solar é utilizada pelas plantas para oxidar a água, com a concomitante liberação de oxigênio e a redução do CO2 em compostos orgânicos, primariamente açúcares. Esta complexa série de reações que culminam com a redução de CO2 incluem reações dependentes da luz (fase clara) e reações independentes da luz (fase escura).

As reações fotossintéticas dependentes da luz ocorrem num local especializado do cloroplasto: os tilacóides. Os produtos finais das reações dependentes da luz são compostos de alta energia, o ATP e o NADPH, que são usados na síntese de açúcares. A fase de síntese, também chamada de reações independentes da luz, acontece no estroma dos cloroplastos, uma solução aquosa na qual estão mergulhados os tilacóides. (TAIZ & ZEIGER, 1998).

Nos cloroplastos, a energia luminosa é absorvida por duas unidades funcionais diferentes chamadas fotossistemas. A energia luminosa absorvida é usada para transferir os elétrons entre uma série de componentes que agem como doadores e aceptores de elétrons. O aceptor final de elétrons é o NADP+, que é reduzido a NADPH. A energia luminosa é também utilizada para gerar um gradiente de prótons através das membranas dos tilacóides, onde este gradiente é usado para síntese de ATP. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

Luz - Maquinaria da fotossíntese

Segundo o físico inglês Isaac Newton, que decompôs a luz em um espectro de cores visíveis ao deixá-la atravessar um prisma, a luz branca é constituída de diferentes cores, abrangendo desde o violeta em uma das extremidades do espectro, até o vermelho na outra extremidade. A separação é possível porque a luz de cores diferentes é desviada em ângulos diferentes ao passar por um prisma. (Raven, 1996)

Já no século 19, o físico britânico James Clerk Maxwell, estabeleceu que aquilo que conhecemos como luz nada mais é do que uma pequena parte de um amplo espectro de radiações, o espectro eletromagnético. Como Maxwell demonstrou, todas as radiações integrantes deste espectro propagam-se como ondas. Os comprimentos de onda variam desde aqueles dos raios X, que são medidos em nanômetros, até aqueles de baixa freqüência como os das ondas de rádio, que são medidos em quilômetros. Quanto mais curto o comprimento de onda, maior é a sua energia. Dentro do espectro de luz visível, o vermelho é o comprimento de onda mais longo e o violeta o mais curto. (Raven, 1996).

A luz visível é a radiação eletromagnética dos comprimentos de onda de 400 até 700nm, que é uma pequena parte do espectro eletromagnético. (Lehninger, 1995).

Em 1905, Albert Eintein propôs o modelo corpuscular da luz, no qual a luz é constituída por partículas de energia denominadas fótons ou quanta de luz. A energia de um fóton não é a mesma para todos os comprimentos de luz, mas é inversamente proporcional ao comprimento de onda, ou seja, quanto maior o comprimento de onda, menor a energia. Por exemplo, os fótons da luz violeta tem quase o dobro da energia dos fótons da luz vermelha. (Raven, 1996).

Cloroplastos - Maquinaria da fotossíntese

Como já foi falado de uma forma resumida anteriormente, em organismos fotossintéticos eucariotos, a fotossíntese acontece numa organela celular chamada cloroplasto. O mais notável aspecto da estrutura do cloroplasto é o extenso sistema de membranas internas conhecidas como tilacóides.

Toda a clorofila está contida neste sistema de membranas, que é o sítio das reações dependentes da luz da fotossíntese. Já as reações de redução do carbono, ou “fase escura”, que são catalisadas por enzimas solúveis em água, acontecem no estroma, a região do cloroplasto que rodeia os tilacóides. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

Cloroplasto é um plastídeo que recebe este nome (cloroplasto) por conter como pigmento principal a clorofila. Cada um é envolvido por um envelope constituído por duas membranas. Internamente, é diferenciado em um sistema de membranas e uma matriz mais ou menos homogênea, o estroma. Além da clorofila, os cloroplastos contém também carotenóides.

Os pigmentos de clorofila são os responsáveis pela cor verde destes plastídeos. Os cloroplastos de plantas tem usualmente a forma discóide e medem entre 4 e 6 micrômetros de diâmetro. Uma única célula do mesófilo pode conter de 40 a 50 cloroplastos e um milímetro quadrado contém cerca de 500.000. Os cloroplastos são geralmente encontrados com suas superfícies maiores paralelas à parede celular. (RAVEN, 1996)

A estrutura interna dos cloroplastos é complexa. O estroma é atravessado por um elaborado sistema de membranas em forma de vesículas achatadas chamado tilacóides. Acredita-se que os tilacóides constituam um único sistema interconectado. Os cloroplastos são geralmente caracterizados pela presença dos grana (singular: granum), que são discos de tilacóides empilhados que se assemelham a uma pilha de moedas.

Os tilacóides dos vários grana estão conectados uns aos outros por tilacóides do estroma ou tilacóides intergrana, que atravessam o estroma. Os pigmentos de clorofila e carotenóides são encontrados embebidos nas membranas dos tilacóides, onde formam unidades discretas de organização chamadas fotossistemas.

Cada fotossistema contém um conjunto de cerca de 250 a 400 moléculas de pigmentos e consiste em dois componentes intimamente ligados: um centro de reação formado por um complexo proteína-pigmento e um complexo protéico antena. Dentro dos fotossistemas, as moléculas de clorofila estão ligadas a proteínas específicas e situadas em locais que permitem uma captação eficiente da energia luminosa. (RAVEN, 1996)

Os Fotossistemas

A fotossíntese acontece em complexos contendo antenas receptoras de luz e centros de reações fotoquímicas, chamadas de fotossistemas. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

A porção de energia luminosa absorvida pela clorofila e outros pigmentos é eventualmente estocada como energia química para formar ligações químicas. Esta conversão de energia de uma forma para outra é um complexo processo que depende da cooperação entre um grande número de pigmentos e um grupo de proteínas de transferência de elétrons. A maioria dos pigmentos servem como uma antena, coletando luz e transferindo a energia para os centros de reação. (TAIZ & ZEIGER, 1998)

Os pigmentos que absorvem luz na membrana dos tilacóides estão arranjados em conjuntos ou feixes funcionais chamados de fotossistemas. Nos cloroplastos de espinafre cada fotossistema contém cerca de 200 moléculas de clorofila e cerca de 50 moléculas de carotenóides. Os agregados podem absorver luz em todo o espectro visível, mas especialmente entre 400 e 500nm e entre 600 e 700nm. Todas as moléculas dos pigmentos num fotossistema podem absorver fótons, mas apenas umas poucas podem transduzir a energia luminosa em energia química. (Lehninger, 1995)

Um pigmento transdutor consiste de várias moléculas de clorofila combinadas com um complexo protéico que também contém quinonas fortemente ligadas. Este complexo é também chamado de centro de reação fotoquímica. As outras moléculas de pigmento num fotossistema são também chamadas de moléculas antenas ou captadoras de luz. Elas funcionam na absorção e transmissão da energia luminosa, em velocidade muito alta, para o centro de reação, onde ocorrem as reações fotoquímicas. (Lehninger, 1995)

Fotossistema II – Fotossíntese

O complexo fotossistema II utiliza energia luminosa para oxidar água e reduzir a plastoquinona. Estas duas reações ocorrem em lados opostos da membrana do tilacóide, envolvendo a permanência de um próton no lado do estroma enquanto a plastoquinona é reduzida e liberação deste próton no lado correspondente ao lúmen para a oxidação da água.

Através destas reações, o fotossistema II contribui para gerar um gradiente eletroquímico de prótons transtilacoidal (no interior do lúmen) que dirige a síntese de ATP. (Dey & Harborne, 1997)

A estrutura do fotossistema II consiste de mais de 20 polipeptídeos, 13 dos quais são codificados pelo genoma do cloroplasto. Todos os grupos prostéticos ligados envolvidos no transporte de elétrons da água até a plastoquinona estão ligados a um heterodímero de duas proteínas integrais de membrana homólogas, D1 e D2. (Dey & Harborne, 1997)

Grupo composto por vegetais lenhosos ou herbáceos;
Podem ser:

- Anuais (que completam o ciclo de vida em 12 meses, ou seja, germinam, florescem, formam frutos, sementes e morrem em um ano);

- Bianuais ou bienais (que tem ciclo de vida de 24 meses. Crescem vegetativamente no primeiro ano e florescem e dão frutos no segundo ano.)

- Perenes (com ciclo de vida longo, que pode durar muitos anos. São também chamadas de permanentes).

• Alternância de gerações pouco perceptível (geração sexual – fase gametofítica – reduzida a poucas células ou núcleos);
• Órgão sexuais protegidos por perianto, inseridos em brotos especiais, as flores;
• Flores hermafroditas (os dois sexos na mesma flor) ou unissexuais (flores apenas femininas ou apenas masculinas);
• Órgãos sexuais masculinos: estames (antera, filete e conectivo);
• Órgãos sexuais femininos: carpelos (diferenciados em estigma, estilete e ovário);
• Óvulo: saco embrionário contém uma oosfera.
• Grão de pólen: 2 núcleos reprodutivos e 1 vegetativo (formação do tubo polínico);
• Fecundação dupla: um núcleo reprodutivo fecunda a oosfera (embrião). O segundo fecunda os núcleos polares do óvulo (endosperma).

Formação do fruto e semente:
• Ovário, após a fecundação forma o fruto.
• Óvulo, após a fecundação forma a semente. O óvulo está inserido dentro do ovário. Consequentemente, a semente está inserida dentro do fruto.

Características da flor

Divisão Magnoliophyta

Para a compreensão da classificação das plantas da Divisão Magnoliophyta, é essencial que se tenha um conhecimento detalhado sobre as características da flor. A taxonomia das angiospermas é, em grande parte, baseada nestas características.

Por definição, temos que a flor é o órgão que reúne as estruturas reprodutivas das Angiospermas (Divisão Magnoliophyta).

Desenho esquemático de uma flor verdadeira (Divisão Magnoliophyta). Carpelo (gineceu), estame (androceu), pétala, sépala, receptáculo floral, pedúnculo floral. Imagem: Silvia Schaefer.

Na maioria dos casos, as flores são estruturas férteis protegidos por folhas estéreis especiais, cujo conjunto é chamado de flor (flor verdadeira, diferente das gimnospermas que possuem estróbilos).

A flor é sustentada pelo pedúnculo ou pedicelo, cuja porção superior é alargada e constitui o receptáculo, que porta os apêndices estéreis (sépalas e pétalas) e os apêndices férteis (estames e carpelos) da flor.

São formadas por séries concêntricas de elementos:
- Externamente as sépalas, constituindo o cálice;
- Em seguida, as pétalas formando a corola;
- Estames, constituindo o androceu;
- No centro, o ovário que forma o gineceu.

Estrutura básica de uma flor verdadeira (angiospermas): antera, filete, estigma, estilete, ovário, pistilo, pétala, sépala, receptáculo. Imagem: Silvia Schaefer.

Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos tépalas e ao conjunto, denominados perigônio.

Ao conjunto de sépalas e pétalas, denominamos perianto.

veremos detalhes da classificação da flor quanto a:

  • Sépalas e pétalas
  • Gineceu
  • Androceu

 

Sépalas e Pétalas - Flor Magnoliophyta

Classificação das flores quanto às sépalas e pétalas.

Sépalas

Geralmente de cor verde, formam o cálice da flor e nos estágios iniciais de desenvolvimento envolvem as outras estruturas do botão floral.

Flor dialissépala: sépalas livres entre si. Ex: Lírio.

Flor gamossépala: sépalas unidas entre si. Ex: Ipê de jardim.

Flor dialipétala. Lírio. Gênero: Lilium, família Liliaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor gamopétala. Ipê de jardim. Espécie: Tecoma stans. Família Bignoniaceae. Foto: Silvia Schaefer

Perianto: conjunto de sépalas e pétalas de uma flor.
Perigônio: conjunto de tépalas. Quando não se podem distinguir as sépalas das pétalas (a não ser pela posição), chamamos tépala.

Pétalas

Geralmente coloridas, localizam-se internamente ao cálice e formam a corola.

Flor dialipétala: quando as pétalas são livres entre si

Flor gamopétala: quando as pétalas estão unidas entre si.

Classificação das flores quanto ao número de pétalas

Dímeras (2 pétalas). Típicas de dicotiledôneas.

Trímeras (3 ou múltiplo de 3 pétalas). Típicas de monocotiledôneas. Ex: lírio.

Tetrâmeras (4 ou múltiplo de 4 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex. hortência.

Pentâmeras (5 ou múltiplo de 5 pétalas). Típicas de dicotiledôneas. Ex: hibisco.

Flor dímera.

Flor trímera. Sisyrinchium micranthum, família Iridaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor tetrâmera. Hortência, gênero Hydrangea, família Hydrangeaceae.

Flor pentâmera. Guanxuma, Gênero Sida, família Malvaceae. Foto: Silvia Schaefer

Flor - Características gerais

Flores monóclinas ou díclinas

Monóclina ou Hermafrodita: quando a flor apresenta androceu e gineceu.

Díclina ou unissexual: quando a flor apresenta só androceu (estames) ou só gineceu (ovário).
Só estames (díclina masculina): flores estaminadas.
Só ovários (díclina feminina): flores carpeladas.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor monóclina ou hermafrodita, que apresenta androceu e gineceu. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina masculina, que apresenta apenas androceu. É uma flor estaminada. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) de uma flor unissexual diclina feminina, que apresenta apenas gineceu. É uma flor carpelada. Imagem: Silvia Schaefer.

Flores diclamídeas, monoclamídeas ou aclamídeas

Diclamídea: quando a flor é completa (sépalas, pétalas, androceu e gineceu).
Monoclamídea: Quando um dos envoltórios externos (pétalas ou sépalas) está ausente.
Aclamídea ou nua: quando a flor é formada apenas por estames ou ovário.

Gineceu - Flor Magnoliophyta

É a parte feminina da flor.

O gineceu, tipicamente consta do ovário e de um prolongamento, o estilete. No ápice do estilete encontra-se o estigma, região receptiva para o pólen.

Estrutura do gineceu de uma flor: receptáculo floral, ovário com óvulo no seu interior, estilete e estigma.

O ovário é a porção alargada da base do carpelo que contém um ou mais lóculos, de acordo com o número de carpelos que o formam.

O carpelo é cada compartimento (lóculo) do ovário que contém um ou mais óvulos. O gineceu apresenta um ou mais carpelos.

O número de óvulos contido em cada lóculo é bastante variável e de grande importância para a identificação taxonômica da flor, principalmente ao nível de família e subfamília.

Carpelos

Quando um único carpelo está presente, dizemos que a flor possui um ovário simples.

Quando mais de um carpelo está presente, pode ser:
Apocárpico: formado por vários carpelos livres entre si. Cada carpelo é monolocular, isto é, constituído por apenas um lóculo.
Sincárpico: formado por vários carpelos unidos entre si.

Imagem dos tipos de carpelos existentes nas flores: simples, apocárpico ou sincárpico.

Classificação quanto ao número de lóculos:

Unicarpelar / Unilocular: quando apenas um carpelo está presente, e este carpelo apresenta apenas um lóculo.

Pluricarpelar / Unilocular: quando mais de um carpelo está presente, mas o conjunto de carpelos apresenta uma única abertura interna, ou seja, apenas um lóculo. Neste caso, cada estilete conduz ao mesmo lóculo comum.

Pluricarpelar / Plurilocular: quando mais de um carpelo está presente, e cada um dos carpelos apresenta um lóculo correspondente. Neste caso, cada estilete conduz ao seu lóculo particular correspondente.

Imagem mostrando a classificação quanto ao número de carpelos e lóculos do gineceu. A flor pode ser: unicarpelar / unilocular, pluricarpelar / unilocular, pluricarpelar / plurilocular.

Gineceu - Flor Magnoliophyta

A parte feminina da flor, o gineceu, pode ser classificado segundo a posição do ovário em relação ao receptáculo e a posição do hipanto em relação ao ovário.

Posição do ovário

Caráter de importância taxonômica, principalmente na classificação das ordens e famílias:
Ínfero (ovário abaixo do plano do receptáculo).
Semi-ínfero (ovário acima do plano do receptáculo, parcialmente envolto por ele, mas sem fusão).
Súpero (ovário acima do plano do receptáculo).

Imagem da estrutura de uma flor de ovário ínfero. Esta mesma flor também é classificada como epígina.

Imagem da estrutura de uma flor de ovário semi-ínfero. Esta mesma flor também é classificada como perígina.

Imagem da estrutura de uma flor de ovário súpero. Esta mesma flor também é classificada como hipógina.

Posição do hipanto

Circundando o ovário, pode existir uma estrutura em forma de taça denominada de hipanto, originária do receptáculo ou então da fusão entre sépalas, pétalas e estames.
- Hipógina (não possui hipanto). Sépalas, pétalas e estames estão abaixo do ovário. Neste caso o ovário é sempre súpero.
- Perígina (apresenta hipanto). Sépalas, pétalas e estames fundem-se, envolvendo o ovário, mas não unindo-se e ele. A inserção das sépalas, pétalas e estames é abaixo do ovário (que é semi-ínfero).
- Epígina (possuem hipanto). Inserção das sépalas, pétalas e estames é acima do ovário (que é ínfero).

Óvulos apresentam dois envoltórios (tegumentos externo e interno).

Androceu

É a parte masculina da flor.

O androceu consta do conjunto dos estames de uma flor. Constituído pelo filete, que contém dois microsporângios (tecas). As duas tecas formam a antera e são reunidas entre si pelo conectivo.

Imagem (desenho esquemático) do estame de uma flor. Constituído pela antera, que é formada por duas tecas, unidas uma à outra pelo conectivo. O conjunto fica na extremidade superior do filete. Imagem: Silvia Schaefer.

A antera é parte fértil do estame onde serão produzidos os grãos de pólen.

Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera jovem, mostrando os sacos polínicos com as células mãe no seu interior. Revestindo a antera externamente temos a epiderme e internamente, o endotécio. O tapetum reveste cada saco polínico. Imagem: Silvia Schaefer.

Imagem (desenho esquemático) do corte transversal de uma antera madura, mostrando as câmaras polínicas com os grãos de pólen no seu interior. Imagem: Silvia Schaefer.

Grão de pólen

- Célula binucleada (núcleo vegetativo e núcleo reprodutivo) cercada por duas membranas: a exina (mais externa) e a intina (mais interna).

- A exina apresenta rugas que permitirão a fixação no estigma, para posterior fecundação.
- O grão de pólen é um esporo (micrósporo). Ainda não é o gameta masculino do vegetal. Este é formado dentro do tubo polínico, quando o núcleo reprodutivo se divide, formando dois anterozóides.

Imagem (desenho esquemático) de um grão de pólen. Constituído por dois núcleos (o reprodutivo e o vegetativo), pelos poros, exina (revestimento externo) e intina (revestimento interno). Imagem: Silvia Schaefer.

Classificação quanto a o número de estames:

Monostêmone – Um único estame por flor;
Polistêmone – Vários estames por flor.

Isostêmone - quando o número de estames é igual ao número de pétalas;
Anisosêmone - quando o número de estames é diferente do número de pétalas.

Gamostêmone - quando os estames são fundidos uns com os outros;
Dialistêmone - com os estames são livres, não fundidos.

Classe Dicotyledonae (Magnoliopsida): as dicotiledôneas

São as angiospermas que desenvolvem duas folhas cotiledonares (dois cotilédones) no embrião, dentro da semente. Estas são localizadas lateralmente, sempre opostas. Podem servir como órgão de reserva da semente.

Imagem de uma dicotiledônea, a flor azaléia, da espécie Rhododendron simsii, família Ericaceae. Foto: Silvia Schaefer

Em geral apresentam crescimento secundário na raiz e caule (meristemas responsáveis: câmbio e felogênio).
As folhas da maioria apresentam nervação reticulada (peninérvea).
Flores organizadas em plano dímero, tetrâmero ou pentâmero, ou seja, apresentam 2, 4, 5 pétalas, ou seus múltiplos.
Raízes pivotantes (raiz principal com raízes seundárias).

Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968)

• Contém 6 subclasses, 56 ordens, 293 famílias e aproximadamente 165.000 espécies.
• Subclasses: Magnoliidae, Hamamelidae, Caryophyllidae, Dilleniidae, Rosidae e Asteridae.
• As subclasses podem apenas ser caracterizadas em termos de generalidades e não precisamente definidas geneticamente, devido à diversidade existente.

Classe Magnoliopsida - Subclasses

A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (dicotiledôneas).

Magnoliidae: forma um grupo basal, do qual todas as outras Angiospermas derivaram. Contém as famílias consideradas mais primitivas. As principais ordens são: Magnoliales, Laurales, Piperales.

Hamamelidae: são principalmente anemófilas (polinização pelo vento), com flores reduzidas, geralmente apétalas e reunidas em amentos (espiga pendente, com flores saindo de toda a extensão do eixo principal). As principais ordens são: Hamamelidales, Fagales, Urticales.

Caryophyllidae: tendência à placentação central (óvulos fixos a um eixo central) ou basal (único óvulo fixo à base do ovário unilocular). Pigmentos (betalinas) restritos ao grupo. Poucas são gamopétalas (pétalas unidas entre si). Ordem: Cariophyllales.

Dilleniidae: geralmente mais que um óvulo em cada lóculo. Raramente apresenta disco nectarífero de origem estaminoidal. Várias famílias mais avançadas são gamopétalas. As principais ordens são: Malvales, Nepentales, Violales, Capparales, Primulales.

Rosidae: estames numerosos. Grupos mais avançados: tendência a lóculos uniovulados. Característica marcante: disco nectarífero no receptáculo. Maioria dialipétalas (pétalas livres entre si). Poucas gamopétalas ou apétalas. As principais ordens são: Fabales, Rosales, Myrtales, Euphorbiales, Sapindales, Geraniales, Polygalales.

Asteridae: engloba maior número de famílias com flores gamopétalas. Óvulos unitegumentados. Considerada a mais derivada (evoluída) das dicotiledôneas. As principais ordens são: Gentianales, Rubiales, Solanales, Lamiales, Asterales.

Classe Monocotyledonae (Lilliopsida): as monocotiledôneas

São as angiospermas que desenvolvem no embrião da semente uma única folha cotiledonar (um cotilédone), com função absorvente (transferindo as reservas do endosperma para o embrião).

Foto de uma monocotiledônea, a orquídea-bambu, uma orquídea da espécie Arundina bambusifolia, família Orchidaceae. Foto: Silvia Schaefer

Caules e raízes não apresentam crescimento secundário.
Os vasos condutores encontram-se dispersos no caule.
Folhas com nervuras paralelas (paralelinérveas), com bainha larga.
Flor organizada de acordo com plano trímero, ou seja, apresentam 3 pétalas ou múltiplos de 3 (6, 9 e assim por diante).
Raízes do tipo fascicular, como uma "cabeleira", ou seja, muitas raízes, todas aproximadamente do mesmo diâmetro e comprimento. Nenhuma se destaca em tamanho sobre as outras.

Segundo o sistema de classificação Cronquist (1968)

• Contém 5 subclasses, 18 ordens, 61 famílias e aproximadamente 55.000 espécies.
• Cada subclasse tende a explorar um nicho ecológico diferente.

Subclasses: Alismatidae, Arecidae, Commelinidae e Liliidae

Classe Liliopsida - Subclasses

A seguir veremos de forma resumida as características das subclasses pertencentes à Classe Magnoliopsida (monocotiledôneas).

Alismatidae: é o grupo basal das monocotiledôneas. São principalmente aquáticas. Sistema radicular bastante reduzido e pouco lignificado. Principais ordens: Alismatales e Hydrocharitales.

Arecidae: folhas grandes e pecioladas. Freqüentemente arborescentes, flores agrupadas em espádice (espiga com eixo espesso, carnoso, protegido por uma bráctea bem desenvolvida – copo de leite). Principais ordens: Arales, Arecales.

Commelinidae: redução floral e polinização anemófila. Algumas epífitas, com o ovário ínfero (bromélias). Principais ordens: Commelinales, Zingiberales, Bromeliales, Cyperales.

Liliidae: polinização entomófila. Apresentam tubérculos e bulbos em maior proporção que as demais. Mecanismos polinizadores altamente complexos, como em Orchidaceae. Principais ordens: Liliales, Orchidales.

Morfologia Vegetal

Florestal

MORFOLOGIA E ADAPTAÇÕES DAS FOLHAS:

Uma folha completa é constituída de limbo (ou lâmina), pecíolo, bainha e estípulas. O limbo é a porção achatada e ampla, responsável pela fotossíntese. Ele pode ser simples ou dividido em várias partes, todas com aspectos de pequenas folhas - os folíolos, caso em que se fala em folha composta.

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O limbo prende-se ao ramo caulinar por intermédio do pecíolo, que pode apresentar em seu ponto de inserção uma expansão denominada bainha. Na maioria das dicotiledôneas está presente o pecíolo, sendo as folhas denominadas pecioladas. Nas monocotiledôneas as folhas são geralmente apecioladas e denominadas invaginantes, pois prendem-se ao caule através de bainhas bem desenvolvidas. Folhas sem pecíolo e sem bainha são denominadas sésseis. Neste caso o limbo fixa-se diretamente no caule.

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Adaptações especiais das folhas:

Gavinhas: folhas modificadas com função de prender a planta a um suporte.

Ex.: Ervilha

Espinhos: folhas atrofiadas, como adaptação a clima seco, evitando a perda

de água por transpiração. Ex.: cactos

Brácteas: folhas sempre presentes na base de algumas flores, atuando como

estruturas de atração de insetos e pássaros. Ex.: primavera, bico-de-papagaio

Catafilos: folhas reduzidas que geralmente protegem gemas dormentes. Em

alguns casos especiais, atuam como órgãos de reserva, como na cebola e no

alho.

Folhas coletoras: folhas modificadas presentes em algumas epífitas, com função de reservatório de água e detritos.

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Folhas de plantas carnívoras: folhas modificadas para a captura e digestão de insetos e outros pequenos animais.

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Folhas de plantas aquáticas flutuantes: no Aguapé o pecíolo das folhas apresenta bolsas de ar que permitem a flutuação.

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Diário Florestal.